De Monet a Matisse: os jardins na pintura, na Royal Academy

Tomando Monet como o ponto de partida, a Royal Academy of Arts de Londres vai analisar a presença dos jardins nas representações pictóricas entre o começo da década de 1860 e os anos 20 do século passado, na mostra “Painting the Modern Garden: Monet to Matisse”.

A exposição, que reúne cerca de 120 obras, nos permite avaliar como a evolução da história da arte se refletiu nas representações de um motivo tão aparentemente tradicional como um jardim – seja ele público ou privado, silvestre ou criado pelo homem.

Monet foi, possivelmente, o mais importante pintor que retratou os jardins, mas este universo também encantou artistas como Renoir, Cézanne, Pissarro, Manet, Sargent, Kandinsky, Van Gogh, Matisse, Klimt e Klee.

Os destaques incluem uma seleção notável de Monet, incluindo o monumental “Agapanthus Triptych” – reunidos especialmente para a exposição, a tela de Renoir “Monet Painting in His Garden at Argenteuil” e “Murnau The Garden II”, de Kandinsky.

A exposição foi organizada em colaboração com o Cleveland Museum of Art e permanece em cartaz entre 30 de janeiro e 20 de abril.

MASP oferece ciclo de palestras gratuitas sobre história da arte

A partir de 1º de agosto o Museu de Arte de São Paulo inaugura uma série de palestras, em parceria com o Departamento de História da Arte da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Serão encontros mensais, onde professores da UNIFESP discutirão diferentes períodos da história da arte em diálogo com o abrangente acervo do MASP e suas exposições temporárias. O objetivo é oferecer a um público amplo e diverso múltiplas leituras sobre as várias coleções do MASP – da arte europeia à brasileira, da asiática à africana –, entendendo o museu como um espaço democrático de discussão, pesquisa e produção de conhecimento crítico.

As palestras são gratuitas e acontecem sempre aos sábados, das 11h às 13h, com retirada de senha individual na bilheteria do museu, a partir das 10h. Não há necessidade de inscrição prévia.

Confira a programação completa:

1 de agosto
Pintura italiana dos séculos XIII-XIV na coleção do MASP
Palestrante: Flavia Galli Tatsch

12 setembro
O retrato na pintura italiana do renascimento: Florença e Veneza
Palestrante: Cássio Fernandes

3 outubro
Arte da França dos séculos XVIII e XIX
Palestrante: Elaine Dias

14 novembro
León Ferrari em São Paulo
Palestrante: Virgínia Gil

12 dezembro
Arte no Brasil: histórias e(m) construção
Palestrante: Letícia Squeff

Coletiva reúne 23 artistas na Galeria Oscar Cruz, a partir de hoje

Rodrigo Sassi, "Pintura Infiltrória", 2010

Rodrigo Sassi, "Pintura Infiltrória", 2010. Infiltração com tinta acrílica em parede de alvenaria, 120 x 85 cm

A exposição “Sem Título # 1 – Experiências de Pós-Morte” reúne mais de 30 obras de 23 jovens artistas brasileiros cujos trabalhos se relacionam, de diversas maneiras, com a pintura. São artistas de vários estados brasileiros que utilizam a pintura como meio, método, matéria ou metáfora em seus processos criativos.

A mostra é propositalmente aparentemente paradoxal: enquanto usa a pintura como pretexto curatorial, afirma a irrelevância das fronteiras técnicas para arte contemporânea. São desenhos, aquarelas, nanquins, tecidos, instalações, fotografias, vídeos, máquinas, bebidas e, claro, pinturões (tinta sobre tela) que, juntos, formam a mais recente parcela de uma discussão que parece nunca findar: a morte da pintura.

A mostra é uma resposta irônica ao gosto acrítico (ou fetiche) de colecionadores, galeristas, curadores, professores etc pela pintura e, ao mesmo tempo, paradoxalmente, uma destemida demonstração de um gosto pessoal pela pintura e pela porrada.

O titulo da exposição faz referencia e é resposta aos texto e exposição da Angélica de Moraes chamados “Pintura reencarnada”, que, por suas vezes, são respostas às teorias e afirmações da morte da pintura.

Texto de Bernardo Mosqueira, curador da mostra

 

Artistas participantes da coletiva:
Andrei Muller
Beatriz Chachamovits
Bob N
Bruna Lobo
Claudia Hersz
Daniela Khon
Denise Alves de Oliveira
Gabriela Maciel
Gilvan Nunes
Gustavo Speridião
João Maciel
Julia Csekö
Maíra das Neves
Marcelo Amorim
Marcelo Gandhi
Marcelo Solá
Matias Mesquita
Opavivará Coletivo
Pedro Victor Brandão
PJOTA Paulo Nimer
Rodrigo Sassi
Rodrigo Torres
Tiago Rivaldo

 

Sem Título # 1 – Experiências de Pós-Morte
de 16 de agosto a 1 de outubro, na Galeria Oscar Cruz
Rua Clodomiro Amazonas, 526 – São Paulo/SP

Pintor Lucian Freud morre aos 88 anos em Londres

A obra "Girl with White Dog", do artista plástico Lucian Freud, neto de Sigmund Freud

O pintor Lucian Freud, nascido em Berlim, um dos artistas mais conhecidos do Reino Unido, morreu nesta quarta-feira, aos 88 anos, em Londres. Ele era neto de Sigmund Freud.

Veja galeria de fotos com obras do artista

O marchand de Freud, William Acquavella, disse que o pintor estava doente havia pouco tempo. A causa da morte, no entanto, não foi revelada.

Freud se tornou uma figura importante na cena de arte londrina quando começou a pintar retratos nus de desconhecidos, em geral amigos seus.

As sessões nas quais ele pintava esses retratos costumavam durar dias, e isso podia ser visto nos rostos das pessoas, que mostravam fadiga e estresse.

“Eu pinto pessoas, não precisamente pelo que elas se parecem, não exatamente pelo que elas são, mas como eles deveriam ser”, dizia Freud sobre seu trabalho.

Algumas de suas pinturas mais famosas são “Girl With Roses” (1947-48) e “Girl With a White Dog” (1951-52).

Ele também era conhecido por ter um estilo pouco comum de trabalhar, limpando o pincel a cada pincelada.

Reprodução: Folha.com

Mário Gruber: primeira exposição em 15 anos

Mario Gruber

O pintor e gravador Mário Gruber realizará uma mostra onde apresentará 21 obras de sua produção mais recente. Com curadoria de Reinaldo Marques, a exposição marca o retorno de Gruber ao circuito de exposições, depois de 15 anos fora dele.

Natural da cidade portuária de Santos, no litoral paulista, o nome de Mário Gruber está ligado à originalidade e ao estilo do realismo fantástico. Graças a sua capacidade de observar sob um prisma criativamente único, as obras do artista fazem uma reinterpretação da identidade e realidade brasileira,  com traços e pinceladas caracterizados pelo alto rigor técnico e pelo cromatismo aplicado em dimensões sofisticadas.

O artista foi um dos participantes da histórica “exposição dos 19”, realizada em 1947 em São Paulo,  quando conquistou o primeiro prêmio de pintura. Do júri faziam parte pessoas do porte de Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Segall, que identificou nele uma forma especial de observar e o classificou como um “pintor que procura as coisas”. Gruber já deu aula em diversas instituições renomadas e participou de diversas mostras coletivas e individuais dentro e fora do Brasil, em locais como Museu de Arte Moderna, em São Paulo, Museu de Arte Moderna de Pernambuco, Winsconsim State Museum (EUA), Museu Pushkin (Rússia) e outros.

“O Grande Mestre Mário Gruber”
de 1 a 15 de junho, na Galeria 22
Al. Gabriel Monteiro da Silva, 2057, sobreloja – São Paulo/SP

Selecionados os vencedores do Concurso Arcos Dorados de Pintura Latino-Americana

Os jovens artistas Rodrigo Bivar (Brasil), Fabrizio Arrieta Avedaño (Costa Rica), Giancarlo Scaglio (Peru), Jonathan Torres (Porto Rico) e Iván Candeo (Venezuela) foram os selecionados da segunda edição do Concurso Arcos Dorados de Pintura Latino-Americana para representar seus países na 20ª edição da arteBA, que será realizada de 19 a 23 e maio no centro de eventos “La Rural”, em Buenos Aires, Argentina. Mais de 100 brasileiros participaram do concurso.

Os cinco artistas apresentarão suas obras inéditas durante a feira, receberão US$ 8 mil cada um por sua participação no evento e concorrerão ao Prêmio Aquisição, no valor de US$ 8 mil. Antes e durante os dias da feira, o público poderá votar em sua obra favorita pelo site da arteBA – www.arteBA.org – e no estande da Arcos Dorados. No último dia da feira, um Júri de Premiação integrado por um galerista, um colecionador, um crítico e um representante da Arcos Dorados, além do voto do público, determinará a obra ganhadora. O artista vencedor receberá o Prêmio Aquisição e a obra de sua autoria passará a fazer parte da coleção da Arcos Dorados.

Pinturas de Youngmi Shin na Thomas Cohn

“Blooming pond”, 2008, acrílica sobre tela, 194 x 390 cm

“Blooming pond”, 2008, acrílica sobre tela, 194 x 390 cm

“Sweet dance”, 2009, acrílica sobre tela, 130 x 194 cm

“Sweet dance”, 2009, acrílica sobre tela, 130 x 194 cm

Na onda da arte asiática que veio para ficar, nos dedicamos nos último cinco anos a estudar catálogos e livros especializados. Foi em um catálogo da Christie’s Hong Kong que me deparei com a reprodução de uma pintura que achei deslumbrante. Então, conseguimos o contato com a artista através de Sang, que ja havia exposto na galeria, e em uma viagem à Coréia e China, em 2009, mediante uso de intérprete, acertamos que Yongmi Shin viria expor em São Paulo.

As 17 pinturas que fazem parte desta exposição constituem a totalidade da obra produzida por Youngmi entre 2009 e 2010. A imagem repetida dela como “mulher ideal” é uma espécie de auto-exaltação, com elementos da mitologia coreana. O sábio uso de cores pastéis e a interferência com o uso de tranças tem um efeito deslumbrante.

Não é frequente que artistas coreanos exponham em outros países, principalmente por terem um mercado interno muito ativo.  Por isso, consideramos especialmente interessante termos conseguido esta artista do outro lado do mundo (recentemente, ela mudou-se para os Estados Unidos e aprendeu inglês), para poder exibir um grupo de obras totalmente coerente e representativa.

Texto de Thomas Cohn

“Sweet, Sweet, Lonely, Sweet”, de Yongmi Shin
de 29 de abril à 21 de maio, na Galeria Thomas Cohn
Av. Europa, 641 – Jd. Europa – São Paulo/SP

Galeria Marília Razuk apresenta “Placas”, de Fábio Miguez

Fabio Miguez

Para esta individual, Fábio Miguez apresenta duas séries de pinturas realizadas em 2010/2011. Em “Placas”, as oito obras, óleo sobre linho, em grandes e médios formatos, o artista se apropria de palavras (excertos) de poemas de João Cabral de Melo Neto – O Engenheiro e Psicologia da Composicão. Pela primeira vez Miguez introduz o universo semântico formal para dar sentido poético à pintura.

Já na outra série, “Índice”, as dez telas, óleo sobre linho em pequeno formato (40 x 50 cm), são desdobramentos de um trabalho realizado pela primeira vez em 2004, com o mesmo nome, e indicam o vocabulário formal do artista, esquemas de representação espacial.

O artista vem realizando individuais desde 1988 em galerias e instituições, como a mostra Temas e Variações, no Instituto Tomie Ohtake, em 2008. Suas obras fazem parte de importantes coleções: MAC-USP, MAM-SP, Pinacoteca do Estado de SP, Centro Cultural São Paulo, Gilberto Chateaubriand MAM-Rio, João Sattamini MAC-Niterói, entre outras.

Fábio Miguez
de 28 de abril a 25 de maio, na Galeria Marília Razuk
R. Jerônimo da Veiga, 131 – São Paulo/SP

“Joan Miró: The Ladder of Escape” no Tate

Miró no Tate

Immersive works... Joan Miró's Blue I, II, III, 1961

Já está em cartaz a tão aguardada exposição de Miró no Tate Modern – a primeira em Londres em 50 anos. Com mais de 150 pinturas, papéis e esculturas de um dos maiores artistas do século XX, a mostra exibe ainda cinco gigantescos trípticos, cada um com mais de 10 metros de extensão. Uma sala especial, octogonal, foi criada para receber estes trabalhos.

A exposição vai até o dia 11 de setembro e explora seis décadas da carreira deste ícone catalão, que usou em sua arte uma linguagem surrealista de símbolos que evocam uma sensação de liberdade e energia, em seu imaginário fantástico de cores vibrantes.

[ Visite a galeria de imagens da exposição ]

Galeria Deco comemora 30 anos com expo de artistas japoneses e nipo-brasileiros

 

Gravura de Yayoi Kusama

Gravura de Yayoi Kusama

 

Em comemoração aos seus 30 anos de atividades, a Galeria Deco apresenta a partir de 26 de abril, às 19h, a exposição “Vestígio Para o Futuro, Vestígio de 30 Anos“, com criteriosa e significativa seleção de obras de 31 artistas contemporâneos japoneses e nipo-brasileiros.

Parte da arrecadação das vendas será revertida à assistência das vítimas do terremoto e do tsunami que devastaram a costa nordeste do Japão.

A exposição “Vestígio Para o Futuro, Vestígio de 30 Anos” reune reunirá pinturas, esculturas, gravuras e objetos e permitirá ao visitante conhecer um pouco mais sobre a arte contemporânea japonesa e suas influências no trabalho de artistas nipo-brasileiros. A produção desses artistas mostra um pacto com a singularidade da cultura japonesa e com a busca de uma identidade cultural ou de uma memória subjetiva, seja nas representações figurativas ou nas aproximações da abstração.

A Galeria Deco, aberta em dezembro de 1981 por Hideko Suzuki Taguchi e René Sadayuki Taguchi, se dedica exclusivamente à arte contemporânea japonesa e nipo-brasileira.

Vestígio Para o Futuro, Vestígio de 30 Anos
de 26 de abril a 16 de maio, na Galeria Deco
Rua dos Franceses, 153 – Bela Vista – São Paulo/SP