Bienal de Sydney revela sua lista final de artistas

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Série Me-You, diagrama de 2007 de Ricardo Basbaum

Sob o título “The future is already here – it’s just not evenly distributed”, a 20ª Bienal de Sydney acontece entre 18 e 5 de junho, sob curadoria de Stephanie Rosenthal. A lista final de artistas participantes conta com 96 nomes, de 35 diferentes países. À lista divulgada anteriormente, somam-se novos 13 nomes de artistas e coletivos de arte: Ricardo Basbaum; Céline Condorelli; Don’t Follow the Wind; Erub Arts; Philipp Gehmacher; Germaine Kruip; Benoît Lachambre; Chrysa Parkinson; Evan Roth; Hahn Rowe; Christoph Schlingensief; Alexis Teplin; e Ken Thaiday Snr.

As obras escolhidas estarão distribuídas em sete locais, concebidos como “embaixadas do pensamento”. Entre os espaços escolhidos estão o Museum of Contemporary Art Austrália (Embaixada da Tradução), Art Gallery de New South Wales (Embaixada dos Espíritos) e Carriageworks (Embaixada do Desaparecimento), além de outros espaços não institucionais.

Como parte de “The Future of Disappearance”, projeto com curadoria de André Lepecki, o artista brasileiro Ricardo Basbaum vai criar um de seus diagramas em grande formato em um outdoor na Commonwealth Street, em Surry Hills.

Confira a lista dos artistas anunciados:
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Regina Silveira em individual na Alexander Gray Associates, em Nova York

 

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Amphibia (2013/16), em exposição na Alexander Gray

A Alexander Gray Associates apresenta os trabalhos recentes da artista multimídia Regina Silveira. As obras em exibição enfatizam o uso de linguagem visual gráfica através da acumulação e perspectiva distorcida, que transformam a nossa percepção do espaço. Por mais de quatro décadas, Regina – fundamental na cena de arte conceitual brasileira – investigou a tensão entre o movimento e a perspectiva espacial, permeando significados políticos em suas instalações.

Um dos trabalhos em exibição é “Amphibia” (2013/16), obra em grande escala que cobre paredes e chão do segundo nível da galeria com silhuetas de rãs que fluem em direção a uma grade no centro do chão.

Ao longo dos anos, os avanços da tecnologia digital permitiram com que Regina Silveira expandisse suas investigações na gravura experimental para se materializar em projetos tridimensionais que ela almejava desde o início dos anos 1980. Sua linguagem visual transgressiva pode ser definida por aquilo que ela descreve como “imagens com características de agregação e aglomeração, com o poder de cobrir superfícies e funcionar como invasões ou contaminações gráficas, que podem transformar radicalmente o significado dos espaços onde estão inseridas”.

A individual permanece em exposição até 26 de março.

Galpão Fortes Vilaça apresenta individual de Jac Leirner

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Vista da exposição no Galpão Fortes Vilaça, 2015  
Jac Leirner | métrica mínima  
Foto: Eduardo Ortega

A paulista Jac Leirner exibe um inédito corpo de trabalho em sua nova exposição “Métrica Mínima”, no Galpão Fortes Vilaça. A matéria-prima das obras são jogos de sudoku, que a artista colecionou e solucionou ao longo de meses. Todas as obras se desenvolvem a partir da decisão de dar corpo a processos abstratos como lógica, raciocínio e, em especial, a passagem do tempo.

Na série “métrica mínima”, exposta pela primeira vez na Bienal de Sharjah deste ano, a artista emprega estratégias recorrentes da sua produção como acúmulo e reordenação, além de alternâncias entre alta e baixa cultura. O pensamento matemático inerente ao passatempo é traduzido através do rigor formal de Leirner, que apresenta os jogos sobre telas de linho em diferentes formatos, quase sempre longos e horizontais. As obras se assemelham a réguas, denotando seu interesse por medir o tempo – ou, mais especificamente, o tempo dedicado na resolução dos jogos.

As demais obras da exposição refletem o empenho da artista em esgotar as possibilidades plásticas do novo material, utilizando bordas, restos e impressões resultantes da prática do sudoku. Cada gesto da ação principal de completar e recortar o sudoku ganha contornos meditativos, como se a ação rápida e semi-inconsciente do cotidiano recebesse uma atenção redobrada, uma concentração máxima.

A exposição permanece no Galpão Fortes Vilaça até 22 de janeiro.

 

Brasileira Erika Verzutti em individual na Alison Jacques, em Londres

A galeria Alison Jacques exibe em Londres, pela primeira vez, a individual da artista Erika Verzutti com seus trabalhos mais recentes.

Flutuando entre a materialidade e a ausência, entre as estruturas sociais e as estruturas formais, a artista vê as esculturas como algo que pode existir facilmente tanto nos espaços públicos e privados quanto nas telas dos celulares ou incorporadas nos gestos humanos.

As obras de Verzutti são ao mesmo tempo pintura e escultura, desafiando noções preconcebidas de ambas as práticas. Enquanto muitas obras da exposição incidem especificamente sobre a forma humana, o interesse do artista também está na forma como a cor interage com essas formas.

“Erika Verzutti: Two Eyes Two Mounths” fica em exposição até 17 de dezembro.

Gallery Night reúne sete galerias de arte em Porto Alegre com programações noturnas

Litogravura de Cabral, artista representado pela Galeria Tina Zappoli, uma das participantes do evento

Até sexta-feira, oito galerias de arte contemporânea de Porto Alegre ficarão abertas até as 20h30, com uma programação especial para atrair visitantes. Exposições, acervo aberto, visita guiada, conversa com artista e ofertas especiais fazem parte da programação noturna.

Participam da iniciativa as galerias Arte e Fato, Bolsa de Arte, Galeria Duque, Galeria de Arte Mamute, Galeria La Photo, Gravura Galeria de Arte, Galeria Tina Zappoli e Galeria Península.

O Gallery Night Poa está em sua segunda edição com o objetivo de facilitar a visitação do público, em um horário especial, a uma grande variedade de exposições fomentando o circuito da arte na capital.

Confira a programação das galerias participantes:

ARTE&FATO
Ricardo Giuliani – técnicas mistas

BOLSA DE ARTE
Marilice Corona, Espaço de Jogo

GALERIA DE ARTE MAMUTE
Exposição de Sandra Rey e conversa com a artista no dia 12/11

GALERIA DUQUE
Pinturas de Aglaé Machado de Oliveira – A Natureza e a Poética

GALERIA LA PHOTO
lugardizer – ato I

GRAVURA GALERIA DE ARTE
Pequenos Grandes Artistas

GALERIA TINA ZAPPOLI
In The Meantime (acervo dos artistas representados)

GALERIA PENÍNSULA
Jogos de Aproximação
Durante a Gallery Night POA, ateliê aberto – residência artística dos argentinos Bárbara Kaplan e Mariano Del Verme

Christie’s dedica dois dias às vendas de Arte Latino Americana

“Espelho D’Água”, de Adriana Varejão, tem preço inicial estimado entre US$ 300 e US$ 500 mil

Em meio a um crescente interesse pela arte latino-americana nos principais museus americanos e europeus, a Christie’s (Nova York, Rockefeller Plaza) oferece em dois dias lotes excepcionais de artistas que incluem Joaquín Torres-García, Matta, Fernando Botero, Rufino Tamayo, Claudio Bravo e Wifredo Lam. As obras oferecidas nas vendas dos dias 20 e 21 de novembro vão desde o período colonial ao contemporâneo, incluindo um grande número de obras importantes de alguns dos principais artistas brasileiros da atualidade.

Os principais destaques incluem uma obra ricamente colorida de Tamayo, “Tres Personajes” (1970), estimada entre US$ 1,5 e US$ 2 milhões. Outro destaque é “Composition Nord – Art Constructif” (1931), de Torres-Garcia, com valor inicial calculado entre US$ 1,5 e US$ 2 milhões. Além desta, outra pintura importante de Torres-Garcia será oferecida: “Constructif avec poisson ocre” (1929), com valor inicial entre US$ 600 e US$ 800 mil.

Na seleção de obras de artistas brasileiros, destacam-se “Espelho D’Água” (2008) de Adriana Varejão, com estimativa entre US$ 300 e US$ 500 mil; uma obra sem título de Os Gêmeos, com valor inicial entre US$ 200 e US$ 300 mil; e “A Praça” (1985), de Luiz Zerbini, com estimativa entre US$ 80 e US$ 120 mil. Obras de artistas como Di Cavalcanti, Volpi, Beatriz Milhazes, Vik Muniz, Cildo Meireles, Leda Catunda, Tunga, Antonio Dias, e Waltercio Caldas também vão a leilão.

Com informações da Christie’s e Artdaily

Últimas semanas da individual de Efrain Almeida no Paço Imperial do Rio de Janeiro

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Com curadoria de Marcelo Campos, a individual “Uma pausa em pleno voo”, de Efrain Almeida, ocupa o Paço Imperial até o dia 13 de setembro. Depois de seis anos sem expor na cidade, o artista exibe pela primeira vez no Rio de Janeiro seus trabalhos em bronze, ao invés da madeira – matéria-prima marcante de sua produção anterior.

Entre as peças que compõem a mostra estão um conjunto de esculturas e instalações isoladas, aquarelas, porcelanas e bordados datados entre 2012 e 2015. A exposição marca ainda dez anos de encontro entre Efrain e o curador Marcelo Campos. “Uma pausa em pleno voo” era o título do texto que Campos escreveu na época. Segundo Efrain, esta pausa é o momento em que o olhar congela um acontecimento frágil, efêmero. Este foi o ponto de partida para esta mostra, que começou a ser planejada há cinco anos: como o artista potencializa o pequeno gesto em algo poético que é a obra.

Efrain Almeida é cearense, mas vive e trabalha no Rio de Janeiro. Começou a expor em 1987 e desde então vem exibindo seus trabalhos pelo Brasil e exterior. Entre os destaques estão a retrospectiva de 2007 na Estação Pinacoteca e a sua participação na Bienal de São Paulo em 2010. Suas obras estão no acervo de grandes instituições, como a do MAM de São Paulo, MoMA de Nova York e Toyota Museum, no Japão.

Individual de Erika Verzutti no Sculpture Center de Nova York vai até agosto

Trabalhando entre materiais sintéticos e orgânicos, a brasileira Erika Verzutti cria objetos híbridos e situações que interrogam as relações entre formas e organismos em sua individual “Swan With Stage”.

A peça central da exposição, que acontece até 3 de agosto no Sculpture Center, em Nova York, é uma escultura abstrata que remete a um cisne, de quase quatro metros de altura, e funciona como monumento, personagem e palco. A peça é cercada por um grupo de fotografias em preto e branco, com imagens que mostram um ator e um cisne clicados em vários momentos de drama e comédia, nunca culminando em uma narrativa completa.

A exposição de Verzutti é comporta por trabalhos novos, incluindo Swan with Stage e a série fotográfica relacionada. Em complemento, a artista recriou alguns de seus trabalhos em bronze, incorporando a cor azul em cada obra. A escolha da cor azul é arbitrária, embora a decisão de incluí-la seja deliberada. Compartilhando a cor azul em comum, a cor cria sua própria variação, operando de forma diferente em cada escultura, tornando-se mais distinta através de suas comparações.

“Leda Catunda e o gosto dos outros” no Galpão Fortes Vilaça

Botão I (2014); acrílica sobre tecido, 214 cm de diâmetro. Foto: Eduardo Ortega / Cortesia Galeria Fortes Vilaça

Botão I (2014); acrílica sobre tecido, 214 cm de diâmetro. Foto: Eduardo Ortega / Cortesia Galeria Fortes Vilaça

A nova exposição de Leda Catunda no Galpão Fortes Vilaça apresenta pinturas, gravuras, aquarelas, colagens e esculturas, além de um papel de parede estampado desenvolvido especialmente para a mostra. Em “Leda Catunda e o gosto dos outros”, a artista traz para o corpo de suas obras um apanhado de referências pop em que questiona conceitos de beleza, exotismo, o bom e o mau gosto.

Catunda faz uma análise do poder exercido pela cultura pop ao converter imagens e objetos em signos de status social e pertencimento, lançando um olhar sobre o gosto das pessoas e suas relações com o conforto, a identificação e o consumo. A artista se apropria de objetos do cotidiano, classificando-os por semelhança ou temas, e realizando neles interferências que lhes atribuem novas cores, volumes e texturas.

Todas as obras da exposição foram realizadas tomando por base a estrutura dos desenhos no papel de parede. São padrões que, na prática da artista, geralmente surgem nas aquarelas, multiplicam-se nas gravuras e ganham corpo em pinturas e esculturas. O papel de parede, por sua vez, age como síntese do seu vocabulário particular, marcado por contornos arredondados e macios.

A exposição no Galpão Fortes Vilaça vai de 11 de abril até 23 de maio.

Ásia I (2015); colagem, 150 x 150 cm de diâmetro. Foto: Eduardo Ortega / Cortesia Galeria Fortes Vilaça

Ásia I (2015); colagem, 150 x 150 cm de diâmetro. Foto: Eduardo Ortega / Cortesia Galeria Fortes Vilaça

Vik Muniz em exposição na Ben Brown Fine Arts de Hong Kong

Hong Kong Postcard (Postcards from Nowhere), 2014, 180,3 x 260,4 cm

Pela segunda vez a galeria Ben Brown Fine Arts apresenta em Hong Kong as obras do brasileiro Vik Muniz. Desta vez, a exposição apresenta suas séries mais recentes, Postcards from Nowhere e Album, nas quais o artista reuniu e utilizou fotografias e cartões postais antigos para criar colagens de tamanhos gigantescos. As obras oferecem uma reflexão sobre o pessoal contra o coletivo, o precioso contra o efêmero, a nostalgia e a modernidade.

Vik Muniz acumulou ao longo dos anos um enorme acervo de fotografias de famílias, fascinado pelo valor altamente pessoal destes objetos que retratam momentos marcantes de vidas anônimas. Durante o século XX, as famílias transformavam as fotografias em objetos tangíveis, preservados para a posteridade. Com o advento da tecnologia digital, fotografias e álbuns tornaram-se cada vez mais obsoletos, enquanto as imagens são facilmente manipuladas. Muniz abraça esta dualidade na série Album, permitindo que o espectador aprecie cada detalhe de suas intrincadas colagens. Assim, em Over There, Boxer e Summer (todas de 2014), o artista usou fragmentos de fotografias em sépia ou preto e branco para criar seus próprios instantâneos universalmente nostálgicos.

Em Postcard from Nowhere ele explora ideias semelhantes de memória, nostalgia e intimidade através de sua coleção de cartões postais reaproveitada para criar vistas vibrantes de cidades e monumentos emblemáticos do mundo todo, incluindo as skylines de Hong Kong e Shangai. Além das paisagens urbanas, Hula Dancer, Waterskiin e West Palm Beach (todas de 2014) são recriações de cartões postais que sugerem férias idílicas, com animais exóticos e mulheres sorridentes em trajes festivos.

A exposição permanece em cartaz até 4 de março de 2015

Com informações da ArtDaily e Ben Brown Fine Arts